segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Jacinto

Jacinto era fácil de se amar.
Mas pouco se interessava por mulheres. Apenas por divindades, esbeltas e quase translúcidas.
Numa primavera cruzou-se com a Brisa fresca do Oeste.
Apetecia-lhe abraçá-la, mas não tinha oportunidade.
Por razões óbvias, á volta deles existiam muitas mas muitas pessoas, ouviam-se conversas paralelas, crianças a espernear e cantares desafinados. Ele não queria que os vissem abraçado a uma Brisa.
Ela era linda, pausada, calma, franca, sorridente, e boa de se amar.
Jacinto queria transmitir-lhe a química, a energia que o levou até ela. Mas Brisa, tinha um anel no dedo anelar esquerdo, e não o podia enferrujar com tentações alheias.Existia cumplicidade entre ambos. A única forma que tinham de se encontrar, era combinar a noite e hora a que se encontrarião em sonhos.

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